Drones nos oceanos apontam nova era dos conflitos submarinos

dezembro 26, 2024
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Drones nos oceanos apontam nova era dos conflitos submarinos


Depois de dominarem os céus, os drones estão agora a invadir os oceanos, inaugurando uma nova fase nas missões navais. As empresas de defesa e as forças militares globais investem maciçamente em veículos subaquáticos não tripulados (UUV), procurando revolucionar as operações estratégicas.

Esses drones submersíveis operam em grandes profundidades e com autonomia de dias, prometendo transformar a coleta de inteligência, a proteção de infraestruturas subaquáticas e o combate naval, com destaque para o cenário do Pacífico. Em um relatório do Wall Street Journal (WJS)Cynthia Cook destacou o momento oportuno para esta tecnologia. No entanto, o investigador sénior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), que investiga e analisa questões de políticas públicas, diz que os custos são elevados.

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Os valores elevados justificam-se porque o desenvolvimento subaquático enfrenta desafios como a comunicação profunda e as condições adversas do ambiente marinho. Embora os UUV já sejam utilizados em aplicações civis e militares de menor escala, o foco atual reside em embarcações maiores e mais autónomas – o que também aumenta o investimento.

Drones no serviço militar internacional

Alguns desses drones chamam a atenção, como o Orca, da Boeing (que pretende entregar cinco unidades do veículo à Marinha dos EUA até o final do ano que vem). Possui 26 metros de extensão e alcance de quase 12 mil quilômetros. A Manta Ray, com design inspirado em raios, desenvolvida pela Northrop Grumman, foi analisada pela Defesa Norte-Americana. No relatório do WSJ, a almirante Lisa Franchetti destacou a prioridade dos norte-americanos em sistemas robóticos e autônomos, visando possíveis confrontos com a China.

Outros países também estão avançando na área. Austrália desenvolve Ghost Shark com startup Anduril, testes no Reino Unido Herne, da BAE Systems. França, Coreia do Sul, Alemanha e Ucrânia também investem em UUVs.

Os avanços tecnológicos impulsionam esta nova geração de drones: baterias mais duráveis, sensores precisos e componentes eletrônicos compactos ampliam a autonomia e as capacidades. Este progresso coincide com o crescimento da frota naval chinesa e a crescente preocupação com a segurança dos cabos submarinos, levando a NATO a realizar exercícios de protecção UUV.

Herne, da BAE, exemplifica o potencial da tecnologia. É considerado um “Veículo Subaquático Autônomo Extra Grande (XLAUV)” e está sendo desenvolvido como uma adaptação de um drone industrial, coletando e analisando dados de inteligência, identificando embarcações e navegando com sensores e mapas. Os testes demonstraram sua eficiência na identificação de navios em missões autônomas.

O uso de drones para vigilância reduz a necessidade de submarinos tripulados arriscados e permite operações em águas rasas. O Herne tem autonomia de até três dias, com planos de estender para 45 dias com células a combustível de hidrogênio. A BAE considera adicionar armamento ao drone, levantando debates éticos sobre o uso de força letal por máquinas.

Apesar de serem mais baratos que os submarinos, os UUVs ainda exigem investimentos (realmente) elevados. O programa Orca, por exemplo, enfrentou atrasos e aumento de custos, chegando a US$ 620 milhões (mais de R$ 3,8 bilhões a preços atuais).





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